01/04/2013

3º Raid Páscoa BTT - Costa de la Luz 2013

Aproveitando mais uma vez a pausa letiva, um grupo de associados do nosso Bike Clube realizou o seu 3º Raid de Páscoa em BTT, desta vez percorrendo a Costa de la Luz, entre Tarifa e Ayamonte, num total de 360 Km. Após termos percorrido toda a Costa Vicentina em 2011, desde Setúbal até Sagres, e o Caminho Português de Santiago em 2012, desde o Porto até Santiago de Compostela, desta vez a escolha recaíu sobre a nossa vizinha Andaluzia, onde fomos muito bem acolhidos, inclusivamente pelo clima, que nos poupou durante todo o caminho (apesar das ameaças!). A 1ª etapa entre Tarifa e Conil de la Frontera (71 Km) propunha como ponto quente a passagem de uma grande mata com piso de areia, que nos dava acesso desde as dunas até Zahara de los Antunes. Esta zona foi percorrida em parte a pé, mas a 2ª metade era constituída por bons trilhos de BTT, onde a diversão reinou e fez esquecer rapidamente o esforço anterior. Esta etapa inicial foi realizada predominantemente em trilhos e estradas secundárias, sempre junto ao mar e com a costa de Marrocos sempre visível no horizonte. A 2ª etapa ligou Conil a El Puerto de Sta Maria num total de 82 Km, com passagem por Roche, Chiclana e Puerto Real, onde percorremos maioritariamente estradas secundárias mas também alguns trilhos e ciclovias. O ponto alto foi atravessar o Parque Metropolitano Marisma de los Toruños y Pinar de La Algaida (Bahia de Cádiz), onde percorremos uma ciclovia incrível, com algumas pontes e passagens num interminável passadiço de madeira. A chegada a El Puerto de Sta Maria foi também fantástica, pois a cidade está totalmente servida por ciclovias. O único senão foi já estar a anoitecer e não termos conseguido passar a enorme base militar que nos daria acesso direto a Rota. Para o 3º dia ficou reservado o contornar dessa mesma base por uma estrada bastante movimentada, mas acabámos por conseguir fugir para uma estrada paralela sem trânsito que nos levou até ao final da mesma. Encontrámos então mais uma ciclovia espetacular, por onde seguimos em segurança até Costa Ballena, um local muito bonito, calmo e organizado, onde a bicicleta é o meio de transporte mais utlizado por todos. Daí em diante fomos quase sempre por passadiços na praia, até chegarmos a Chippiona, vila com uma arquitetura muito original, e batida por um mar muito agitado que "galgava" a marginal. Após alguns quilómetros em terra batida, chegámos a Sanlúcar de Barrameda, onde a visita "obrigatória" à oficina de bicicletas local, nos levou a um pequeno boteco de nome "Casa Perico", onde nos alimentaram principescamente. Esta paragem foi primordial para o que avizinhava; após a passagem do Rio Guadalquivir numa enorme barcaça, aguardavam-nos 30 km na areia da praia do Parque Natural de Donaña. Já tinhamos lido que este "passeio" era obrigatório, mas a carga extra que trazíamos nos alforges (entre 8 e 14 Kg cada um), fez-nos "penar" durante quase 3 horas até Matalacañas. Durante todo esse tempo só vimos mar, areia e gaivotas, e os únicos sons que nos acompanharam foram os do mar e do vento. Em suma...só para duros!!! Após este dia violento onde acumulámos mais 94 Km, ainda lavámos as nossas meninas, que estavam cheias de areia e sal,  jantámos sem grande apetite, e seguimos cedinho para os nossos "aposentos". Após o merecido descanso dos "guerreiros", a 4ª e última etapa acabou por se revelar mais longa do que o planeado, e tivémos de alterar um pouco o que estava inicialemente previsto. A viagem desde Matalascañas, passando por Mazagon e Huelva, fez-se quase sempre por ciclovias, mas a meio caminho para Punta Umbria, acabámos por decidir abdicar da passagem por El Portil, El Rompido, Ilha Cristina e Ilha Canela, traçando uma linha recta por alcatrão em direção a Ayamonte, passando que nem "flechas" por Cartaya e Lepe. Com esta decisão conseguinos encurtar a tirada para uns "modestos" 113 Km, e chegámos a tempo de assistir à procissão dessa noite (ufa!). Foi com muita satisfação que, apesar de muito cansados, fomos jantar uns calamares e seguimos para as nossas casas, com o objectivo de descansar e começar já a pensar na próxima. Parabéns ao Paulo pelo traçado que "desenhou", ao Beijoca pela sua perceverança, ao João pela excelente forma com que se apresentou, ao Medina pela paciência em acordar cedo, ao Bernardo por não ter caído nenhuma vez e ao Décio pelo companheirismo que sempre demonstrou. Agradecimentos à Camara Municipal de São Brás de Alportel, ao Bike Clube de São Brás e ao André Guerreiro pelo apoio prestado a esta iniciativa.        




       

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